Em recente entrevista a revista NME, a banda inglesa MUSE revelou os
conceitos que cercam seu próximo álbum de estúdio, 'The 2nd Law'.
Confira abaixo trechos da entrevista:
1ª Lei da Musedinâmica: Compreenda o conceito
"Nós
somos praticamente os anarquistas do Universo", diz Bellamy, dissecando
a dissolução da humanidade do terraço do Shoreditch. "É isso que
somos."
O esgotamento da energia. O aumento do nível dos oceanos. O
frenesi selvagem do mercado de ações e a guerra brutal por dinheiro,
combustível e terras. A desafiadora determinação para sobreviver não
importando o quão fútil seja o esforço. A morte do planeta. A ideia da
humanidade como sendo um Sex Pistols
intergalático, cuspindo na cara da Física. E como tudo isso acaba
ficando definido como um gigantesco opera-pop, escravos cantando no
navio, rock dos anos 80, funk do Prince e um pouco de Skrillex cantando
Faith, do George Michael. Tudo na agenda de hoje – o aventuroso,
desolador, desafiador sexto album do Muse, 'The 2nd Law'.
"Toda
vez que eu assistia ao noticiário enquanto fazíamos o álbum era
interminável coisas sobre a crise do Euro", ele relembra. "Todos esses
novos programas parecem ser obcecados com crescimento. Há esse paradigma
de crescimento que parece ser aceito, virou futilidade, todos os
políticos, todas as empresas, e ninguém parece perceber que o planeta
não é assim tão grande. Eu fiquei tão de saco cheio dessa conversa que
resolvi saber o que realmente está acontecendo."
"Eu me interessei
em ler sobre energia. A segunda lei da termodinâmica diz que parece
haver uma gradual diminuição em nossos corpos, no planeta, no sol e
assim por diante, mas parece que a vida, os humanos ou o que quer que
seja está indo diretamente contra isso. Então o álbum é meu conflito
interno pessoal da celebração dessa força, mas também dizendo "Caramba,
onde nós vamos parar?"
É por isso que nesse álbum, mais uma vez,
você parece se forçar para o reino do ridículo na tentativa de torná-lo
ainda maior, mais insano e histérico?"
"Definitivamente", Matt
concorda. "Em algumas faixas como Supremacy e Survival nós fomos a
níveis absurdos. O álbum representa meu conflito pessoal nessa área. Ao
mesmo tempo, nós queremos forçar a música e o que fazemos como uma banda
que está crescendo."
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