RITA LEE disse em uma de suas letras que
“roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido”. Verdade seja dita:
perto de alguns espécimes paridos no ninho do rock n´roll, os rockers
brasileiros são a mais fina flor da sociedade.
Em um curto período de duração inicial (de 1964 a 1972), as apresentações do MC5 foram descritas pelo aclamado (e odiado) colunista ROBERT BIXBY como "uma força da natureza catastrófica que a banda mal era capaz de controlar". Se IGGY POP rolava por cimas de cacos de vidro e vomitava no palco toda noite, as guitarras de WAYNE KRAMER e FRED “SONIC” SMITH funcionavam como metralhadoras cuspindo riffs a torto e a direita. Influenciados por forças tão diversas quanto CHUCK BERRY e marxismo, o som da banda casava a política reacionária e a violência das ruas em um som nocivo, barulhento, maravilhoso.
“Kick out the jams, motherfuckers!” – vamos detonar filhos da p...” - era a singela mensagem do MC5 a seu público no debut da banda - dez anos antes dos PISTOLS serem banidos da mídia inglesa por dizerem “escroto” em rede nacional. Depois de três álbuns clássicos, o grupo se separou e cada um foi cuidar da vida: KRAMER puxou uns anos de cadeia por tráfico de entorpecentes, o vocalista ROB TYNER morreu de ataque cardíaco com quarenta e seis anos, “Sonic” Smith morreu de overdose com quarenta e cinco, o baixista MICHAEL DAVIS morreu de cirrose hepática e o baterista DENNIS THOMPSON... está vivo. E reativou a banda em 2003 que já contou com LEMMY e IAN ATSBURY como vocalistas em participações especiais.
E tem gente por aí que acha que é perigoso...
Discografia essencial:
• 1969: Kick out the Jams
• 1970: Back in the USA
• 1971: High Time
Fonte: MC5: A marginália do rock n' roll - Matérias e Biografias http://whiplash.net/materias/biografias/160055-mc5.html#ixzz22CNZf9n5
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