A grande exposição do AVENGED SEVENFOLD nos últimos tempos, com seu último álbum “Nightmare” de 2010, trouxe a banda,
com seus mais de 10 anos de história, para o patamar de gigante
promissor do Rock mundial. Muito se deve ao fato de seu baterista
original, Jimmy “The Rev” Sullivan, ter morrido antes de um novo
lançamento – “Nightmare” foi pré-escrito com Jimmy em vida e lançado em
sua homenagem tempos depois. E pela parceria com o consagrado baterista
Mike Portnoy, que gravou as partes de Jimmy em “Nightmare” e
excursionando com a banda em seguida. Fatos que ajudaram a destacar a
banda.
O premiado álbum e toda história que envolve seu lançamento,
fez com que a banda aumentasse (e muito) seu número de fãs e
consequentemente, o de gente que não os suporta. Mas a qualidade musical
que o grupo americano vem apresentando desde seu primeiro lançamento é
algo inquestionável.
Os caras que, de banda underground de
Metalcore, passaram a produzir um Heavy Metal com pés no Hard Rock e no
Punk – houve uma mudança brusca de sonoridade a partir de 2005, com o
álbum “City of Evil”- foram ganhando espaço no mainstream e evoluindo a
cada novo lançamento. Isso fez com que alguns antigos fãs passassem a
questionar sobre o futuro da banda, afinal, holofotes demais muitas
vezes ofuscam o verdadeiro brilho de certas estrelas.
Só que desde a sua origem o AVENGED SEVENFOLD
nunca escondeu onde queria estar. A banda sempre investiu pesado em
imagem e divulgação. Criou uma base fiel de fãs e conseguiu criar uma
fórmula musical acima da média – banda “antenada” que sugou um pouco de
tudo o que o Rock Pesado produziu de melhor. Deu importantes passos
tocando ao lado de grandes nomes, como Metallica e Iron Maiden
(com quem saíram em turnê como banda de abertura). Mas infelizmente se
tornaram mais conhecidos pela trágica história que precede “Nightmare”,
do que pelos seus esforços artísticos. E a velocidade da informação nos
dias de hoje, ajudaram a deturpar um pouco a coisa toda.
Mas analisando a banda musicalmente, o AVENGED SEVENFOLD
é formado por ótimos músicos e produziu bons álbuns ao longo dos anos.
“Waking The Fallen” é um álbum de Metalcore intocável, “City of Evil”
apontou novos rumos à banda em músicas ótimas, “Avenged Sevenfold” de
2007 os mostrou como verdadeiros hitmakers, “Diamonds In The Rough” é um
lado B com nível altíssimo e “Nightmare”, traz toda a carga emocional
da perda de Jimmy, ótimos momentos criativos e outros nem tão
inspirados, mas é o AVENGED SEVENFOLD se firmando como excelentes músicos e compositores.
São
Rock Stars no real sentido da expressão: caras bonitos com quem as
garotas podem sonhar e músicos virtuosos em quem os caras podem se
inspirar - só não se envolvem em escândalos como faziam os Rock Stars de
antigamente. Têm um excelente vocalista, com muita personalidade vocal –
técnica muitos tem, mas Shadows possui o feeling certo, uma voz que vem
da alma e dá pra sentir a garganta do cara queimando enquanto canta.
Tocam um som ideal para grandes plateias. Sabem se promover e vender sua
marca. Sim, é um produto, mas um produto idealizado por amigos e que,
mesmo com as grandes gravadoras sabendo disso e investindo pesado,
mantém a qualidade no que fazem melhor: música boa e pesada. Trazem ao
mundo pop coisas que fazem falta desde o suicídio de Cobain, a
dissolução do GUNS N’ ROSES e quando o METALLICA tentou parecer o U2.
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